Posts filed under ‘Poemas do Mundo’

Filhos do Diabo


Filhos do Diabo é um novo movimento, um colectivo cultural que engloba o novo Folhetim Cultural e artístico de Lisboa, o site filhosdodiabo.com e outros projectos. O objectivos principais são a divulgação de novos artistas, a promoção e divulgação de eventos culturais e a crítica/reportagem cultural. Aqui aborda-se música, cinema, teatro, fotografia, pintura, design, escultura, moda, política, dança, etc!

Qualquer artista pode enviar os seus trabalhos para arte.lisboa@filhosdodiabo.com e, de acordo com a nossa disponibilidade, serão divulgados!

Filhos do Diabo, o novo projecto dos criadores do Poemas do Mundo!

Março 9, 2011 at 11:26 am 6 comentários

Prólogo

Perguntei ” o quê?”.
Ninguém respondeu.
Mas continuava a ouvir chorar. E repeti a minha pergunta.
“Nada, não é nada”.
Se não era nada, só podia ser tudo.
Porque não me lembro do dia em que nada fazia chorar.

Aos que gritam no silêncio.

Outubro 21, 2008 at 10:49 pm 14 comentários

Pessoa Revisitado

Li este poema. Vontade incontornável de o partilhar.Lembrei-me do Poemas do Mundo. E ressuscitei-o.

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.

A ver se isto renasce ou volta ás cinzas…

Junho 16, 2008 at 6:51 pm 8 comentários

Que nos revezemos…

Aqui fica um poema da autoria de um nosso leitor, o Eduardo. Um grande abraço para ele!

Menor a vida que minhas perguntas,
menor o tempo que minha vontade
de viver, de saber, de contar…
Poetas desejam demais contar
coisas que descobriram, coisas que
souberam, que viveram…
Mas é menor a vida que o que nos baste,
é menor a vida e o tempo que o que
nos chegue!
Façamos assim, que nos revezemos,
eternamente,
contando ao mundo, eternamente,
o que vimos, que soubemos e vivemos
cada um
no pouco tempo que lhe restou contar!

Agosto 27, 2007 at 5:10 pm 15 comentários

Primeiro Beijo

Sei que não é bem um poema, mas há que abusar do poder de editor do blog…

Para ti (ela sabe quem)

Recebi o teu bilhete
para ir ter ao jardim
a tua caixa de segredos
queres abri-la para mim
e tu nao vais fraquejar
ninguém vai saber de nada
juro nao me vou gabar
a minha boca é sagrada.

Estar mesmo atrás de ti
ver-te da minha carteira
sei de cor o teu cabelo
sei o shampoo a que cheira
já não como, já não durmo
e eu caia se te minto
havera gente informada
se é amor isto que sinto

Quero o meu primeiro beijo
não quero ficar impune
e dizer-te cara a cara
muito mais é o que nos une
que aquilo que nos separa

Promete lá outro encontro
foi tão fogaz que nem deu
para ver como era o fogo
que a tua boca prometeu
pensava que a tua língua
sabia a flôr do jasmim
sabe a chicla de mentol
e eu gosto dela assim

Quero o meu primeiro beijo
não quero ficar impune
e dizer-te cara a cara
muito mais é o que nos une
que aquilo que nos separa.

Rui Veloso/Carlos Tê

Junho 19, 2007 at 8:19 pm 12 comentários

Mãe

E como foi Dia da Mãe, aqui vai um poema para as mães deste mundo. Já vai um pouco atrasado, mas as mães nunca se importam, o que interessa é a intenção…

Mãe…são três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito

Para louvar a nossa mãe
Todo o bem que se disser
Nunca há-de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do céu
E apenas menor que Deus!

Mário Quintana

Maio 13, 2007 at 6:58 pm 6 comentários

Isto

Meus olhos não vertem
Provavelmente estão quase.
Que os sentimentos não despertem
Que não digas nem uma frase.

O coração não bate
Também já não vale a pena
Que fatal é querer amar-te
E ter um mundo que me condena

Minha boca ainda não grita
Mas a minha voz
Ecoará.

E, por favor, acredita
Que, mesmo que isto se repita
O que será, será.

Rafael

Abril 28, 2007 at 1:45 pm 4 comentários

Solidão Corrosiva

Esses olhares que matam
e desprezam quem os vê.
Solidão devastadora
que me amarra indefesa
e me consome
sem delicadeza ou cuidado.

Passa tudo à nossa frente,
que vida tão demente!
Que sofrimento tão profundo,
quem vem dói e permanece,
tão forte como sempre.

Maria João Tavares

Março 5, 2007 at 9:36 pm 5 comentários

Varina

Ó Varina, passa,
Passa tu primeiro…
Que és a flor da raça,
A mais séria graça Do pais inteiro!

O teu vulto seja
Sonora fanfarra,
Zimbório de igreja!
Que logo te veja
Quem entra na barra.

Lisboa, esquecida
Que é porto de mar,
Sente a sua vida
Reconstituída
Pelo teu andar.

Dá-lhe a tua graça
Clássica e sadia,
Ó Varina, passa!
Na noite da raça
Teu pregão faz dia!

Vê que toda a gente
Ao ver-te, sorri.
Não sabe o que sente,
Mas fica contente
De olhar para ti.

E sobre o que pensa
Quem te vê passar,
Eterna, suspensa,
Acena a imensa
Presença do Mar!

Carlos Queiroz

Janeiro 30, 2007 at 4:23 pm Deixe um comentário

Bicicleta de Recados

Na minha bicicleta de recados
eu vou pelos caminhos.
Pedalo nas palavras atravesso as cidades
bato às portas das casas e vêm homens espantados
ouvir o meu recado ouvir minha canção.

Na minha bicicleta de recados
eu vou pelos caminhos.
Vem gente para a rua a ver a novidade
como se fosse a chegada
do João que foi à Índia
e era o moço mais galante
que havia nas redondezas.
Eu não sou o João que foi à Índia
mas trago todos os soldados que partiram
e as cartas que não escreveram
e as saudades que tiveram
na minha bicicleta de recados
atravessando a madrugada dos poemas.

Desde o Minho ao Algarve
eu vou pelos caminhos.
E vêm homens perguntar se houve milagre
perguntam pela chuva que já tarda
perguntam pelos filhos que foram à guerra
perguntam pelo sol perguntam pela vida
e vêm homens espantados às janelas
ouvir o meu recado ouvir minha canção.

Porque eu trago notícias de todos os filhos
eu trago a chuva e o sol e a promessa dos trigos
e um cesto carregado de vindima
eu trago a vida
na minha bicicleta de recados
atravessando a madrugada dos poemas.

Manuel Alegre

Janeiro 30, 2007 at 4:14 pm 1 comentário

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Poemas do meu Mundo que ardem vivos em meu olhar que no coração escavam bem fundo e que não o deixam pulsar...

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