Balada de Neve

Junho 2, 2006 at 7:32 pm 103 comentários

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

Augusto Gil

Entry filed under: Augusto Gil.

Trova do Vento que Passa Pesadelo

103 comentários Add your own

  • 1. antonio almeida  |  Janeiro 9, 2007 às 8:53 am

    a foto é do alexandre oneil . nao é do augusto giil

    Responder
  • 3. Silva  |  Março 10, 2007 às 2:03 pm

    Balada de neve, é sem dúvida um dos poemas que eu mais gosto de recitar.Adora poesia mas;só de bons poetas como o Augusto Gil.Decorei este poema já há muitos e muitos anos.Nunca me cansei de os recitar,mesmo quando estou sozinho.Para mim,os poetas nunca morrem.Por isso,viva o Augusto Gil.

    Responder
  • 4. Aires Pereira  |  Março 10, 2007 às 2:06 pm

    Balada de neve, é sem dúvida um dos poemas que eu mais gosto de recitar.Adora poesia mas;só de bons poetas como o Augusto Gil.Decorei este poema já há muitos e muitos anos.Nunca me cansei de os recitar,mesmo quando estou sozinho.Para mim,os poetas nunca morrem.Por isso,viva o Augusto Gil.
    Este comentário foi escrito por:Manuel Aires Pereira
    Por engano ficou em nome do Silva

    Responder
    • 5. manoel pinto  |  Setembro 29, 2012 às 2:37 pm

      Tambêm recitei este poema quando estava no ginasial na década de 40
      Foi muito bom recupera-lo, estou imprimindo o texto.

      Responder
  • 6. maria pepino  |  Maio 8, 2007 às 10:04 am

    burros nao sabem que nao era a foto do gajo… dahhh! l0ol na brinca… gosto bastante deste poema… podiam era publicar mais poemas do homenzito e’ que dava jeita,co e tal…. bigad

    Responder
    • 7. Guida Coquenão  |  Outubro 13, 2013 às 1:32 pm

      Poemas de um dos grandes homens da poesia. Homenzito é que não!

      Responder
  • 8. Adaiane  |  Agosto 21, 2007 às 12:15 pm

    balada de neve é uns dos poemas mais lindos que eu já li gosto muito de ler poemas e que seja sempre assim nosto mundo cheio de coisas para apreciar

    Responder
  • 9. Frience  |  Novembro 2, 2007 às 11:25 pm

    Esse poema realmente é lindo.
    Profundo e bem expressante.
    Gostei muito.

    Responder
  • 10. Cenas do Cotidiano » Blog Archive » Balada de Neve  |  Abril 18, 2008 às 1:36 am

    […] Balada de Neve […]

    Responder
  • 11. paula ferreira  |  Janeiro 12, 2009 às 5:07 pm

    poema lindíssimo, nunca me canso de o declamar e os meus alunos gostam sempre, sou professora há 28 anos.

    Responder
  • 12. paula ferreira  |  Janeiro 12, 2009 às 5:10 pm

    poema lindíssimo, quanto mais o declamo mais gosto, canto-o também com os meus alunos, sou professora há 28 anos e todos os alunos adoram esta poesia da balada da neve.

    Responder
  • 13. Balada da Sinistra « Bell’s blog  |  Janeiro 14, 2009 às 8:59 pm

    […] por mail, sem indicação de autor. A balada original é de neve, o autor é Augusto […]

    Responder
  • 14. Terezinha Martins  |  Maio 28, 2009 às 12:57 am

    Minha mãe tem 82 anos, nasceu em Portugal e decorou esta poesia,
    como muitas outras , e me lembro dela recitando esta poesia desde os meus quatro anos de idade e até hoje ainda pedimos que ela a recite para nós e ela o faz . Esta poesia é linda e me traz lembranças maravilhosas da minha infancia junto com meus irmãos
    e minha mãe.

    Responder
  • 15. Andreia Curigo  |  Maio 30, 2009 às 1:37 pm

    *Amor
    O que é o amor?
    Pessoas dizem eu são palavras doces
    O que é o amor?
    As pessoas dizem que é um modo de ser tratado
    O que é o amor?
    O que é o amor?
    É como a guerra fácil de começar difícil de acabar
    O que é o amor?
    Será um modo de carrinho
    O que é o amor?
    Será um modo de magoar as pessoas

    Peço perdão por todas estas dúvidas
    É que eu já não sei o que é o amor e o eu não é

    Obrigado 🙂

    Responder
  • 16. cecilia santos  |  Setembro 2, 2009 às 2:02 pm

    gostava de saber em qual dos livros de Augusto Gil posso encontrar o poema “balada das neves”.
    Obrigada pela ajuda.

    Responder
  • 17. fernanda  |  Setembro 28, 2009 às 6:52 pm

    eu preciso recitar um poesia na escola e gostei da sugestão de andréia curigo então eu decidir recitar essa

    ok!!!! muito obrigada!!!

    Responder
  • 18. nanda e juun  |  Setembro 28, 2009 às 6:53 pm

    hum … jovem!!!!!!

    asss a de cima

    Responder
  • 19. A Neve… « Os Benjamins da Sertã  |  Janeiro 11, 2010 às 12:32 pm

    […] Balada de Neve […]

    Responder
  • 20. ROSANA DE SOUZA VILAVERDE  |  Janeiro 18, 2010 às 12:31 pm

    Esta poesia é maravilhosa, conheci a pouco pelo meu marido. Gostaria de saber onde achar esta poesia e os seus livros, desde já agradeço.

    Responder
  • 21. Ana Almeida  |  Junho 23, 2010 às 9:33 am

    Talvez não saibas porém,
    Que por entre os penhascos do caminho,
    Florejam nas formas mais subtis
    As mais vivas cores
    E os mais profundos odores
    Que enfeitiçam o teu destino.

    Não sintas na perda a angústia.
    Não faças da dor o teu lema.
    Pega na pedra onde tropeças
    E pinta-lhe a cor da tua alma.
    Sente no seu peso a vitória
    Da barreira que ultrapassas.

    Responder
  • 22. anonimo  |  Novembro 7, 2010 às 4:14 pm

    adorei o poema

    Responder
    • 23. maria joao  |  Fevereiro 16, 2015 às 11:06 am

      é linnnnnnnnnnnnnnnnnndo

      Responder
  • 24. Maria irene Sales  |  Novembro 29, 2010 às 8:27 pm

    É um poema do meu tempo de criânça, mas sem dúvida o mas b elo de todos…

    Responder
  • 25. Maria irene Sales  |  Novembro 29, 2010 às 8:29 pm

    Este poema é do meu tempo de criança…Mas sem dúvida o mais belo de todos…Têm magia nas palavras…

    Responder
  • 26. João Filipe Ferraz  |  Novembro 29, 2010 às 10:36 pm

    O início do poema é realmente poético, mas o finalmente, é próprio de um rei da poesia

    Responder
  • 27. Gabriela  |  Dezembro 7, 2010 às 6:09 pm

    adorei
    um maximo
    obrigada

    Responder
    • 28. Vicente  |  Dezembro 6, 2011 às 3:20 pm

      Também adorei, foi como borboletas preenchessem o meu intestino grosso.

      Responder
  • 29. filipa  |  Janeiro 14, 2011 às 6:07 pm

    ke bonito

    Responder
  • 30. Paula e rafa  |  Fevereiro 12, 2011 às 4:33 pm

    Adorei a poesia

    Responder
  • 31. Beatriz Wallenstein  |  Março 21, 2011 às 5:19 pm

    ADORO!

    Responder
  • 32. Rosalina Crato  |  Julho 8, 2011 às 1:57 pm

    adoro este poema, desde os meus tempos de escola., nunca o esqueci.

    Responder
  • 33. Dulce Duarte  |  Julho 24, 2011 às 1:09 pm

    Mto. bonito

    Responder
  • 34. Rimi  |  Dezembro 5, 2011 às 12:49 pm

    Adoro-é-muito-inspirador-!

    É-divinal!

    Responder
  • 35. Samuel Santos  |  Dezembro 5, 2011 às 2:58 pm

    Estamos neste mesmo momento a Recirtar o poema em Estudo Acompanhado com a turma do 5ºC no Agrupamento de Escolas do Castêlo da Maia.`”É Fantástico!!! e fácil de decorar”
    APRENDAM_NO

    Responder
  • 36. Rimi  |  Dezembro 5, 2011 às 6:22 pm

    é o poema mais perfeito para o inverno!
    Acho que é algo que as crianças deveriam aprender na escola-recitar poemas!

    Beijos

    Responder
  • 37. Rimi  |  Dezembro 13, 2011 às 3:24 pm

    É perfeito, acho que é algo tão digno de ser chamado como campeão pois:

    -É impossível alguém escrever tão bem!

    Pensava eu antes de ler este poema, é perfeito!

    Mas é algo importante, porque quando gostamos de uma coisa devemos:
    APRENDER A RECITA-LA (neste caso) ! ! !

    Responder
  • 38. Bruna  |  Janeiro 8, 2012 às 2:52 pm

    Eu queria saber o qual é a mensagem que o pema Balada Da Neve transmite.
    Alguém me pode ajudar?

    Responder
    • 39. Peter butschowitz  |  Janeiro 25, 2012 às 12:10 am

      Só dará para te ajudar após fazeres um curso de interpretação de textos, não de oratória, mas de comprende-los

      Responder
  • 40. Baetriz Ferreira  |  Janeiro 23, 2012 às 6:40 pm

    É sem duvia muito bonito o poema o Augusto Gil deve ser um profissional

    Responder
  • 41. Baetriz Ferreira  |  Janeiro 23, 2012 às 6:42 pm

    pois é eu queria ver outros poemas de Augusto Gil quem souber outros poemas de Augusto Gil escreva para eu ir ver

    Responder
  • 42. Pedro  |  Janeiro 25, 2012 às 9:20 pm

    Poema muito giro!!!!!

    Responder
  • 43. Pedro Centeno  |  Fevereiro 29, 2012 às 3:16 pm

    Adoro o poema e lindo!
    ja agora nao sou o pedro o centeno! :p

    Responder
  • 44. Pedro Centeno  |  Fevereiro 29, 2012 às 3:47 pm

    looooooooooooooooooool XD

    Responder
  • 45. Pedro Centeno  |  Fevereiro 29, 2012 às 3:47 pm

    a diana e uma suox

    Responder
  • 46. martamatias  |  Março 7, 2012 às 4:43 pm

    adorei o poema!

    Responder
  • 47. maria Odete Rodrigues  |  Abril 17, 2012 às 10:14 pm

    Que maravilha. Esta poesia associo-a imediatamemte a tempos idos e que temo que voltem novamente

    Responder
  • 48. Francisco Delmare Pinheiro  |  Maio 17, 2012 às 3:26 pm

    Lembranças de meu 4º ano primário, feito nas Torres, Trancoso.
    A minha professora, D. Vitória, mandava recitar nas suas presiosas aulas . Que saudades, meu Deus.

    Responder
  • 49. Ricardo  |  Setembro 23, 2012 às 12:18 am

    De certo um dos poemas mais lindos do mundo. A profunda alma portuguesa..é como a indelével leveza do ser….

    Responder
  • 50. tiago  |  Outubro 29, 2012 às 2:51 pm

    de mais poemas bonitos

    Responder
  • 51. carlos sousa monteiro  |  Outubro 31, 2012 às 9:59 am

    Há muitos anos, quando estava a estudar na primária, li este poema várias vezes e até agora lembro-me dele. É um dos poemas mais lindos da lingua portuguesa. Ainda hoje eu e os meus irmãos costumamos recitá-lo .

    Responder
    • 52. kika 4a  |  Janeiro 4, 2013 às 6:39 pm

      aaaaaaaaaaaaa

      Responder
  • 53. kika 4a  |  Janeiro 4, 2013 às 6:37 pm

    adoro o seu poema e muito criativo o meu professor tambem

    Responder
    • 54. kika 4a  |  Janeiro 4, 2013 às 6:38 pm

      uau

      Responder
  • 55. martabras  |  Janeiro 4, 2013 às 10:34 pm

    Muito bonito…Eu tive de o decorar!

    Responder
  • 56. beatriz el bahri  |  Março 20, 2013 às 1:35 pm

    muito fixe tive de o decorar para dizer na festa final de ano este poema e

    mesmo fixe e a ultima para mim foi a mais dificel de decorar

    Responder
  • 57. José Curto Esteves Fidalgo  |  Abril 1, 2013 às 1:50 pm

    Gosto da balada de neve
    muitas vezes, vezes mil
    porque o seu peso é leve
    no pensamento do Gil
    Inflama corações e almas
    De emoções sublimes e calma

    Responder
  • 58. Ana Mendes  |  Abril 26, 2013 às 12:45 pm

    isto é muito importante para a aprendizagem…

    Responder
  • 59. JORGE BANDEIRAS  |  Junho 21, 2013 às 10:00 pm

    Musiquei o poema para viola flamenga ficou bótimo que é melhor que óptimo, modestia a parte.

    Responder
  • 60. msrco  |  Agosto 12, 2013 às 10:22 am

    Quando a minha mae faleceu escrevi na canpa.

    És o simbolo da minha
    Desde que eu nasci
    És a minha querida mae e nunca te
    Sinto o vazio no peito porque nao estou ao pe de ti
    Foste boa para mim e eu nunca mereci

    Vou rezar sempre por ti, mesmo
    Que nao te veja, que deus tome conta de ti,
    Acredito que assi seja

    Responder
  • 61. marco daniel  |  Agosto 12, 2013 às 10:30 am

    Quando a minha mae faleceu escrevi na canpa.

    És o simbolo da minha vida
    Desde que eu nasci
    És a minha querida mae e nunca te esqueci
    Sinto o vazio no peito porque nao estou ao pe de ti
    Foste boa para mim e eu nunca te mereci

    Vou rezar sempre por ti, mesmo
    Que nao te veja, que deus tome conta de ti,
    Acredito que assim seja

    Responder
  • 62. Miriam  |  Agosto 27, 2013 às 3:41 am

    Está nevando agora em Caxias do Sul. Lembrei-mede parte do poema Balada da Neve e vim procurá-lo. É lindo, para mim tb. nostálgico.

    Responder
  • 63. Laurindo  |  Setembro 14, 2013 às 4:20 am

    Pois é. o poema é mesmo muito bonito, além de perfeito na forma. Como professor, eu o usei em sala de aula várias vezes, fazendo-lhe a interpretação e os alunos, mesmo adultos, sempre gostaram. O texto questiona Deus sobre o sofrimento infantil. Se Deus é responsável por tudo, é de sua vontade o sofrimento dos que mal algum causaram a ninguém e a nada. como as crianças? Tenho dificuldade em entender essa vontade divina.

    Responder
    • 64. Maurides batista de Oliveira  |  Junho 6, 2016 às 10:43 pm

      Que maravilha, relembrar esta tão linda poesia do tempi do grupo escolar.
      Obrigada.

      Responder
  • 65. Manuel Teixeira  |  Novembro 15, 2013 às 5:54 pm

    Concordo com a interpretação do professor Laurindo. Também ponho em causa esta vontade de Deus.
    Mas tenho algumas dúvidas na frase, “é de sua vontade o sofrimento dos que mal algum causaram a ninguém”, será que não seria mais adequado trocar o “ninguém”, por alguém.

    Responder
  • 66. Tatiana Rodrigues  |  Novembro 28, 2013 às 6:15 pm

    sempre gostei deste poema,é tão lindo

    Responder
    • 67. Alexandra  |  Dezembro 8, 2013 às 2:43 pm

      Eu tambem. A minha mae lia para mim quando eu era crianca, e hoje eu leio para os meus filhos. Hoje comecou a nevar em Washington e eu mostrei o poema ao meu marido. A docura da neve que cai nao tem paralelo em nada na natureza. Apetece ficar em casa, com a lareira acesa. E Natal!!
      Alexandra Vicini

      Responder
  • 68. daniel  |  Dezembro 16, 2013 às 1:54 pm

    bué fixe

    Responder
  • 69. maria do carmo  |  Dezembro 17, 2013 às 9:49 am

    bue fixe

    Responder
  • 70. alberto moreira  |  Fevereiro 21, 2014 às 8:33 pm

    Augusto Gil, pensava na neve, que bom vê-la,pensava nas gentes,pobres,,pensava em Deus, porque os pobres Senhor ?
    e eu e tu o que pensas ?

    Responder
  • 71. Stephannie  |  Maio 9, 2014 às 2:46 am

    alguém pode me informar qual seria o nome do livro onde encontro esta poesia? Me lembro vagamente da capa ser verde musgo porem este livro, aqui em casa se perdeu com o tempo, eu gostaria de compra.

    Responder
  • 72. roberio  |  Agosto 21, 2014 às 4:15 pm

    muito bom demas

    Responder
  • 73. manuel  |  Outubro 26, 2014 às 10:21 am

    e um poema engraçado com animaçao

    Responder
  • 74. Izolda  |  Novembro 12, 2014 às 12:19 pm

    Decorei esse poema aos 13 anos, na 3ª série do ginásio, em 1963, no Rio Grande do Sul, pois estava no livro da escola. Desde então, volta e meia eu o recito para mim mesma, pois gosto demais dele! É uma pena os jovens de hoje não tenham estímulo para gostar de poesia como antes.

    Responder
  • 75. José Rei  |  Dezembro 3, 2014 às 11:11 am

    O que é fantástico é ver um simples poema, produzido num cantinho de Portugal, na Serra da Estrela, cidade da Guarda, Beira Alta, há mais de 100 anos, proporcionar um prazer estético tão forte, em língua portuguesa, a cidadãos do mundo, dispersos pelos quatro cantos da Terra…

    Várias pessoas perguntam pela obra em que surge esta “balada”. É em “Luar de Janeiro”, de 1909.
    E, já agora, eis outra preciosidade de Augusto Gil, que aí se encontra:

    GRÃO DE INCENSO

    Encontraste com ar cansado
    Numa igreja fria e triste.
    Ajoelhei-me ao teu lado
    – E nem ao menos me viste…

    Ficaste a rezar ali,
    Naquela imensa tristeza.
    Rezei também, mas a ti.
    – Que aos anjos também se reza…

    Ficaste a rezar até
    Manhã dentro, manhã alta.
    Como é que tens tanta fé
    E a caridade te falta?…

    Luar de Janeiro

    Responder
  • 76. José Rei  |  Dezembro 3, 2014 às 11:16 am

    Em tempo:

    No primeiro verso do poema anterior, creio que em vez de “Encontraste”, que se está na versão donde o retirei, deverá ser “Entraste”.

    Responder
  • 77. José Júlio Costa-Pereira  |  Janeiro 15, 2015 às 3:20 pm

    Quando andei no Primário de 1937 a 1940, ensinavam as crianças a lêr e a escever,designadamente poesia. A balada da Neve,de Augusto Gil,fazia parte do Livro de leitura.Decorei este poema e hoje com quase 83 anos ainda o sei de cor.

    Responder
  • 78. manuela costa  |  Janeiro 31, 2015 às 12:11 am

    Este poema é lindo desde que foi escrito por este maravilhoso autor, escritor e poeta, ainda hoje ao lê-lo nos toca. Se não estou em erro fazia parte integrante de poemas constantes no livro da 3ª.Classe, na escola primária portuguesa (porque sou portuguesa de 1953, o que muito me orgulha), e lembro-me que o li imensas vezes em criança e me corriam as lágrimas por sentir a força das palavras, as quais, embrora tristes, muito profundas, verdadeiras e fiéis na descritiva quanto à Natureza que me faziam imaginar a sequência das imagens descritas. Adoro.

    Responder
  • 79. Joao J Martins  |  Fevereiro 4, 2015 às 12:48 pm

    Tinha seis anos quando ouvi este poema e… chorei, setenta anos depois li o vosso poema e…. chorei

    Responder
  • 80. Pedro Soares  |  Março 16, 2015 às 4:15 pm

    “Luar de Janeiro
    Fria claridade
    à luz dele foi talvez
    que primeiro
    A boca dum português
    Disse a palavra Saudade…”
    São os versos com que Augusto Gil inicia o seu também maravilhoso poema “Luar de Janeiro” Pena é que a inexorável morte o tenha visitado quando ele tinha apenas 56 anos de idade, privando-nos precocemente duma maior produção lírica deste insigne poeta.

    Responder
  • 81. Vania DA Conceiçao Forte  |  Setembro 27, 2015 às 3:02 pm

    Este poema é sem duvida o mais bonito que já li

    Responder
  • 82. Nívia  |  Novembro 2, 2015 às 3:56 pm

    Vejam que coisa linda essa senhora recitando Balada da Neve… Ela é a própria poesia… Emocionante!

    Responder
  • 83. Mariana  |  Março 6, 2016 às 5:52 pm

    Vou recitar este poema no dia 8 de março á minha prof. De português

    Responder
  • 84. maysamaya  |  Abril 22, 2016 às 9:40 pm

    Eu amo o amor grande..aquele que sente compassione de tudo”

    Responder
  • 85. Maurides batista de Oliveira  |  Junho 6, 2016 às 10:35 pm

    Que maravilha, relembrar esta tão linda poesia do tempi do grupo escolar.
    Obrigada.

    Responder
  • 86. Pura Sedução  |  Dezembro 13, 2016 às 9:16 pm

    Com Amor te dei um beijo
    O beijo que fez sucesso
    Na margem esquerda está
    Aquilo que mais te peço.

    Responder
  • 87. Carolina Gelodi Soares  |  Janeiro 11, 2017 às 1:52 pm

    Amo este poema ,este poema e o da pedra filosofal são os melhores do mundo

    Responder
  • 88. Eva de Azevedo  |  Fevereiro 26, 2017 às 3:24 pm

    Adorons este poème que me recorda à minha infancia. Me alegra ô meu coraça.

    Responder
  • 89. Filipe  |  Junho 5, 2017 às 9:28 am

    E foda

    Responder
  • 90. Catarina Ribeiro  |  Agosto 13, 2017 às 9:15 pm

    O meu pai recitava-me este poema quando eu era crianca en vez de me contar historias quando ia dormir hoje decidi de o fazer escrever para sempre no meu corpo vou fezer tatuar este poema.

    Responder
    • 91. Pedro Soares  |  Agosto 14, 2017 às 12:10 am

      Detesto tatuagem em corpo humano e, principalmente numa mulher. Acho que seria melhor “tatuar” o poema na memória como eu o fiz quando era ainda quase criança.

      Responder
  • 92. Joaquim José Rodrigues Costa Morais  |  Janeiro 9, 2018 às 12:02 pm

    Um dos melhores poemas portugueses ❤💚❤💚❤💚🇵🇹🇵🇹🇵🇹🇵🇹

    Responder
  • 93. GsuHchxkydfhj  |  Março 5, 2018 às 4:52 pm

    Eu adorei este poema é super, super, mas super giro e é comovente 💗💝💟

    Responder
  • 94. pedir uma garota em namoro  |  Maio 23, 2018 às 7:07 pm

    It’s truly very complicated in this busy life
    to listen news on Television, thus I only use the web for that reason,
    and get the latest information.

    Responder
  • 95. Tadeu  |  Outubro 23, 2018 às 7:43 pm

    Que saudade! Decorei esse poema em 1967 e recitei para a classe do ginasial.

    Responder
  • 96. wedding sites  |  Novembro 3, 2018 às 8:01 am

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    Balada de Neve | Poemas do Mundo

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  • 97. A NEVE | En-RED-Versados  |  Novembro 20, 2019 às 5:20 pm

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  • 99. Balada de Neve | Magia de Amarração Amorosa  |  Maio 20, 2021 às 11:30 am

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  • 100. Balada de Neve | Feitiço de Amarração Amorosa  |  Maio 23, 2021 às 3:32 am

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  • 101. Balada de Neve | Grimorio da Alta Magia  |  Maio 23, 2021 às 8:00 am

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  • 102. Balada de Neve | Amarração amorosa consulta gratuita  |  Maio 26, 2021 às 11:54 pm

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  • 103. Balada de Neve | Feitiço de Amarração Amorosa  |  Maio 28, 2021 às 10:29 pm

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Folhetim Cultural e artístico de Lisboa, Divulgação Cultural
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Poemas do mundo

Poemas do meu Mundo que ardem vivos em meu olhar que no coração escavam bem fundo e que não o deixam pulsar...

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