A um poeta

Novembro 11, 2006 at 1:08 pm 3 comentários

Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,

Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afuguentou as larvas tumulares…
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno…

Escuta! é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! são canções…
Mas de guerra… e são vozes de rebate!

Ergue-te pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!

Antero de Quental

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3 comentários Add your own

  • 1. joãofábio  |  Novembro 12, 2006 às 6:47 pm

    Um grande poema de um grande escritos. Absolutamente excelente.

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  • 2. catarina assis  |  Fevereiro 20, 2008 às 6:56 pm

    garnde poema… grande escritor… vale a pena!!

    Responder
  • 3. Daniel Filipe  |  Setembro 14, 2011 às 4:32 pm

    Esse poema ” A um Poeta” de Antero de Quental é fantástico e inspirador; vale a pena de ser lido e meditado.

    Responder

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