Ser Poeta (Perdidamente)
Junho 12, 2006 at 2:25 pm 21 comentários
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhas de oiro e de cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
E já que aqui estou…
Este belo poema cantado por Luís Represas:
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1. martita | Novembro 15, 2006 às 4:18 pm
esta poetiza é espantosa, é magnífica, brilhante…tinha o dom d escrever poemas, de polos em ‘movimento’… entre outras coisas, parabens a quem criou este saite…:D
2. cviktor | Abril 29, 2007 às 1:23 pm
alguem tem uma analise completa deste poema? agradecia imenso se alguem tivesse e que me fazia o favor de a mandar para: cviktor90@gmail.com
3. MD | Maio 21, 2007 às 7:00 pm
analise completa como???
4. Ritinha | Maio 26, 2007 às 7:02 pm
Ola.
Precisava da analise deste poema urgentemente.
sera k alguem me pode arranjar?
E’ para apresentar a Portugues.
5. MARCIO | Setembro 30, 2007 às 11:48 pm
PRECISO DO ANÁLISE DESTE POEMA URGENTE PARA FAZER UM TRABALHO
6. 26 | Janeiro 18, 2008 às 6:28 pm
Ola!
amo a florbela espanca desde o primeiro verso que li seu!
e estou a apresentar um trabalho sobre ela, mas inflizmente a analise de poemas seus na internet não é facil de encontrar.
se alguem tiver a analise deste ou outros, pf envie para anitah_coelhinha@hotmail.com.
7. joao | Fevereiro 7, 2008 às 9:10 pm
tb precisava da analise deste poema se puderem ajudar agradecia.
Joao_fr_@hotmail.com
8. andreia | Abril 19, 2008 às 6:21 pm
preciso da analise do poema ajude-me
9. fe | Maio 19, 2008 às 4:56 am
youre hot
10. João | Março 16, 2009 às 3:39 pm
Olá preciso da analise deste poema para hoje por favor.
johnny_woodcock@hotmail.com
11. catarina | Maio 27, 2009 às 3:36 pm
precisava de uma análise deste poema para apresentar em Português. Alguém me pode arranjar? Agradecia imenso.
obrigado
12. catarina | Maio 27, 2009 às 3:37 pm
se alguem me poder ajudar por favor envie para 10catarina27@gmail.com
13. patricia raquel soares teixeira | Outubro 31, 2009 às 4:07 pm
ola precisava da análise deste texto para literatura.será que alguem me pode ajudar?
envie para patriciapapoila@hotmail.com
14. catarina | Fevereiro 28, 2010 às 3:28 pm
precisava da interpretação deste poema! se alguém tiver agradeço, catarina__94@hotmail.com
15. Manuel Martins | Março 18, 2010 às 10:19 pm
Logo na primeira estrofe, percebemos a superioridade decorrente do facto de se ser poeta, pois quando o sujeito lírico afirma que morde como quem beija, demonstra a capacidade de transformação do bruto e doloroso em algo singelo (inocente, puro, natural, simples) e suave – como uma espécie de poder alquímico (alquimia – ciência tendente a descobrir o elixir da vida e a pedra filosofal), que transforma o metal vil em ouro. Quando são aproximados os sintagmas mendigo e rei, notamos a presença dos arquétipos (modelo imaginário) do desvalido e do todo-poderoso, que aqui aparecem reformulados, uma vez que aquele – que vive em miséria – tem o poder de dar o que poderia ser dado apenas por um rei. O seu reino, neste caso, possui a riqueza da criação e da imaginação, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente – como nos conhecidos versos pessoanos.
Na segunda estrofe, notamos a plenitude do poeta quando o eu-lírico diz ter o esplendor de mil desejos, porém sem nem saber ao certo o que é desejado. Este esplendor confere a ele uma transcendência, isto é, a superação de sua condição humana, vista nas imagens do astro que flameja ou do condor. Além de o poeta irradiar luz própria, identifica-se com a figura do condor, que tem como principais características o seu voar mais alto e a sua solidão:
É ter de mil desejos o esplendor
E não ter sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
No primeiro terceto deste soneto, é clara a ânsia de se alcançar a plenitude, quando o poeta diz ter fome e sede de Infinito. Podemos dizer que o ser poeta é viver em constante batalha, e que o elmo – espécie de capacete utilizado por guerreiros em tempos anteriores – simboliza a arma mais preciosa: a imaginação. Logo em seguida, verificamos que tal batalha – a da escrita – tem o que é de mais valioso e suave, quando surgem as imagens do oiro e do cetim:
É ter fome, e ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!
A questão da plenitude é novamente enfocada no último verso da terceira estrofe. Neste caso, há a presença de uma espécie de grito poético, em que o sujeito lírico afirma que ser poeta é condensar o mundo num só grito, alcançando, assim, a plenitude da expressão. No último terceto, a assertiva é seres alma, e sangue, e vida em mim representa a fusão do espírito e do corpo, evidenciando-se a plenitude do sentir e do viver. Vale ressaltar que a alma pode ter também a conotação do princípio da vida e o sangue o veículo, sugerindo a totalidade existencial do ser poeta. No verso E dizê-lo cantando a toda a gente! O eu-lírico nos faz crer que não basta trazer a síntese do que é abstrato e concreto, e sim transformá-la em poesia.
16. Maria Joaquina Aguiar | Abril 5, 2013 às 12:08 pm
Esta análise só pode ter sido feita por alguém muito competente… Parabéns!
17. Manuel Martins | Março 18, 2010 às 10:19 pm
Boa sorte com o trabalho 🙂
18. elienay | Setembro 15, 2010 às 2:50 pm
SER POETA
Ser poeta é fazer de cada despedida uma saudade
É ter nas mãos os sonhos, vivê-los de verdade
Chorar, sorrir, sem medo de viver.
É despir-se perante tantos espelhos
Amar a vida e, de joelhos,
Agradecer a Deus em cada anoitecer.
É cantar e amar cada minuto vivido
É acordar desejos adormecidos
Colher da vida os frutos da paixão.
Ser poeta é amar intensamente
Ter o passado como futuro tão presente
Fazer da vida sempre uma oração.
19. Luma Rosa (@Luzdeluma) | Julho 21, 2012 às 6:16 am
Uma análise do poema! Aprendam a pesquisar! http://luciapso111.blogspot.com.br/2012/02/analise-do-poema-ser-poeta-de-florbela_16.html
20. Raquel | Fevereiro 22, 2013 às 10:02 pm
quantas partes têm o poema? respondam
21. Helena Filipe | Novembro 25, 2015 às 5:14 pm
Bela , foi uma poetisa por execelencia! Que viveu atrapada e, incompreêndida numa época do seculi XVIII-IXbque não era o tempo dela!!! Ela estava aduantada 1 seculo! Ela pideria pretender a qualquer data evoluida como seculi XXII agora!!!!!